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Na luta revanche contra Chris Weidman, realizada na madrugada do dia 29 de dezembro de 2013, Anderson Silva sofreu fratura grave na perna esquerda ao aplicar um chute baixo em seu adversário.
A defesa realizada por Weidman fez com que a região baixa da “canela” de Anderson chocasse fortemente contra numa região muito dura da perna, a tuberosidade da tíbia (região mais ressaltada e proeminente da tíbia, pouco abaixo do joelho), como mostrado na figura ao lado.
E uma pergunta que não se quer calar: agora como será a recuperação do ídolo do UFC? Para que possamos nos tranquilizar um pouco vamos entender sobre esse tipo de fratura e seu processo de reabilitação.

Quem já deu uma “canelada” em alguém ou em alguma coisa sabe o quanto dói. Imagine numa fratura! Além da dor intensa, incapacidade para movimentar, edema (inchaço) e crepitação ao exame pode ocorrer desalinhamento ósseo nesse caso chamada de fratura completa. O cavalgamento ósseo (osso sobre osso) pode ser visível sendo assim pode ocorrer agravamento se houver lesão de partes moles tais como vasos sanguíneos, nervos, músculos e pele. Em caso de ruptura da pele e exposição do osso a fratura é chamada de fratura exposta, sendo possível infecção óssea (osteomielite). No caso de Anderson Silva houve desalinhamento ósseo sem exposição óssea sem ruptura da pele, ou seja ocorreu uma fratura fechada ou interna.
A Reabilitação
O tratamento inicial das fraturas fechadas da tíbia e fíbula pode ser gessado se não houver desvio ósseo considerável e encurtamento significativo. Muitos médicos consideram que desvios maiores que 05 graus e encurtamento maior que 01 cm são conclusivos para realizarem intervenção cirúrgica com fixação da fratura com placa e parafusos (osteossíntese com placa e parafusos). Nas fraturas expostas é considerado aparelhos de fixação externa, aqueles em que os artefatos metálicos ficam para fora do segmento do paciente deixando-os expostos.
Desde início o paciente é encorajado a colocar o pé no chão com cargas baixas 10 a 20% do peso corporal com auxílio de muletas e supervisionado em muitos casos. Evidencias científica mostram que o suporte precoce de peso além, de acelerar a cura, facilita em muito a recuperação funcional do paciente.
O tempo de consolidação óssea depende tanto de fatores intrínsecos quanto extrínsecos, tais como idade do paciente, constituição óssea, tipo e localização do osso fraturado tipo, procedimento cirúrgico realizado ou não, etc., entretanto tempo médio gira em torno de 15 a 21 semanas.
Complicações
As fraturas expostas levam sempre o risco de osteomielite, entretanto preventivamente se administra antibiótico para diminuir esse risco. Tanto nas fraturas expostas quanto fechadas pode ocorre uma consolidação viciosa, na qual o osso fica desalinhado em excesso o que pode prejudicar a função. Se até vigésima semana a fratura não apresenta calo ósseo capaz de estabilizá-la deve ser considerado um Retardo de consolidação, porém não há necessidade de nova intervenção cirúrgica, ou se até o nono mês esse calo não aparecer ocorreu o diagnóstico de Pseudoartrose é estabelecido.


Fratura de tíbia e fíbila - Tatamento e Reabilitação
ANDERSON SILVA SOFRE FRATURA DA PERNA DURANTE LUTA. E AGORA COMO SERÁ SUA RECUPERAÇÃO?
Imagem Ilustrativa de uma fratura de tíbia com haste interamedular.

Após seu agente garantir seu retorno ao octógono, Anderson Silva postou uma foto em seu instagram onde aparece fazendo fisioterapia. O lutador brasileiro de MMA fraturou a perna esquerda após a revanche contra Chris Weidman, no UFC 168. Fonte: uol.
Fonte: Google imagens.
Fonte: Google imagens.